Ei , você ...
O que achou que eu era ou quem tu achou que fosse pra chegar arrombando a porta , com toda banca e petulância impondo tuas vontades em meu coração ?
Apropriando desse corpo que não é seu. Eu não te queria . Você não tinha permissão.
Foi tomada indevida de posse .
E agora depois do alvoroço? do trinco quebrado ? das paredes rabiscadas?
Nem perdão você pediu . Que intruso mais ingrato . Que nas noites me tomava pelo sexo e pela manha me alimentava de promessas , com uma musica antiga e um café adocicado sobre a mesa . Numa dessas você partiu , se foi e nunca mais voltou . Pulou a janela pela madrugada , com uma ancora e uma corda ! Ladrão de mim.
Será que dá pra voltar e ajeitar isso aqui ? Eu não peço o que você me tomou , apenas espero que ordene a anarquia deste espaço , vem logo , preciso trabalhar ... preciso parar de chorar , preciso esquadrinhar um jeito de perder-me de tudo que ficou por aqui : Pele,cheiro , gosto , toque , gozo , riso , brigas , mentiras , afagos e das sua camisas gola polo listradas .
Pra qual terceirizada ligo para solicitar a detetização em minhas frestas ? São nelas que tua memoria doí mais , nas fendas , no rastro de poeira deixado !
E de novo começo a historia: Era outra vez ... Agucei meu ouvidos pra escutar a vida me pedindo pra ficar no teu lugar , sincera , perene , pra sempre . Mourinha

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